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O PODER DO OLHAR…

31/12/1969

Quem não se lembra quando a mãe olhava? A cada momento um olhar, tão profundo que gelava, nos dizia tudo, sem ela falar nada!

O olhar é algo tão fascinante, encantador, às vezes até perturbador. Pode ser terrível, em todos os casos, tem um poder atraente. Um mistério e uma revelação ao mesmo tempo.

Nada precisamos dizer para aprovar ou repreender, basta um olhar e entendemos tudo.

E agora vem a Microsoft com a esta de reconhecimento facial.

Projetam para 2024, para que se torne um princípio democrático indispensável, é importante que nos certifiquemos de seu uso pelos governos e órgãos de controle. A tecnologia facial continua sujeita ao estado de direito.

No começo de 2018, a empresa achava necessário algum tipo de legislação para normatizar o reconhecimento facial, principalmente no que se refere a proteção da privacidade.

Na China, seu sistema de segurança avalia as pessoas pela maneira como andam. Utilizam um tipo de inteligência artificial para identificar pessoas, e vai aqui uma das mais polêmicas discussões. O que é importante ressaltar que, estes sistemas, são capazes de reconhecer transeuntes pela maneira como caminham pelas ruas.

Chegaram ao ponto de qualificar as pessoas de acordo com o seu comportamento. É um complexo sistema que faz a captura de imagens dos rostos das pessoas e as identifica – é capaz de reconhecer alguém sem ver sua face, apenas pela maneira como se portam, como se movimentam. Tudo isso pode ser feito a até 50 metros de distância.

Nossas mães já sabiam fazer isto a bem mais tempo, não é?

O funcionamento destes sistemas é relativamente simples, o rosto humano, apesar das variações de pessoa para pessoa, possui uma composição básica que não se altera, lida pelos aplicativos como pontos em comum.

O rosto humano possui os mesmos princípios: formas geométricas. Começa por identificar por meio de uma câmera digital, webcam, do celular, esses pontos em comum, os dois olhos – a distância entre eles, o nariz – seu comprimento, boca, bochechas e o queixo, delimitando assim o formato da face, suas dimensões e o espaço ocupado.

Estes dados são gravados e armazenados no formato de algoritmos em um banco de dados, algo que parece fácil, mas levou algum tempo para se consolidar com a eficiência que vemos hoje.

De olho em você

Assim como toda tecnologia, o reconhecimento facial ainda tem falhas e limitações. Os movimentos bruscos podem afetar a detecção, como movimentos do rosto, antes deveriam estar totalmente de frente à máquina. Até mesmo alterações como a iluminação do local, no uso de acessórios como bonés e até caretas poderiam atrapalhar o reconhecimento.

Aí entra o desenvolvimento da tecnologia, com avanços que eliminaram esses problemas. Mas o maior passo parece mesmo ser a detecção facial em 3D. Se antes a identificação era a partir de pontos chapados em 2D, como um retrato falado. Os algoritmos agora bem mais complexos e câmeras com suporte de profundidade, aumentou a taxa de verificação e comparação.

O formato da cabeça do usuário, seu rosto pode agora ser identificado independente do ângulo em que ele esteja em relação à câmera.

O fim das senhas?

O simples reconhecimento do rosto pode ter uma utilidade bastante interessante: servir de substituto da senha ou da impressão digital. Softwares simples fazem a função de segurança de uma tela de login: você registra seu rosto e, nas próximas vezes em que ligar o aparelho, é só aparecer na tela novamente para desbloqueá-lo.

No mundo dos games o reconhecimento facial em jogos como Gran Turismo 5 utilizam a técnica chamada de head tracking, com a câmera lendo movimentos realizados pela cabeça para alguma ação no jogo.

Isso sem contar o Kinect, tecnologia desenvolvida pela Microsoft para o Xbox 360 que, não satisfeita em reconhecer a face do jogador, consegue montar um modelo de todo o corpo.

Pega ladrão!

Com certeza o uso militar, que está bem próximo de se tornar realidade aqui no Brasil, PMs em breve estarão equipados com óculos especiais que, por meio de um sistema de reconhecimento facial e comparação com um banco de dados de criminosos, serão capazes de identificar bandidos sem a necessidade de levá-los à delegacia.

O momento atual da humanidade, onde tanto se fala na tecnologia à favor da qualidade de vida e bem-estar, será que iremos também fazer uma nova definição de privacidade? Dê sua opinião nos comentários, espero você lá!

Fernando Tobgyal – Jornalista, Mestre em Mídia e Tecnologia, CEO Hap Agency Negócios Digitais


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